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Burro da Graciosa
Além do Burro de Miranda, existe em Portugal apenas outra raça autóctone de asininos: o Burro Anão da Graciosa, cuja denominação se deve à sua pouca estatura, uma vez que mede pouco mais de um metro de altura ao garrote. Caracteriza-se também pelas riscas mais escuras nas costas, que sobressaem no seu pelo habitualmente cinzento.
Esta pequena ilha dos Açores, que já foi conhecida como “ilha dos burros” devido à quantidade destes animais que existiam em relação ao número de habitantes, alberga neste momento cerca de 70 exemplares graças aos esforços levados a cabo pelo italiano Franco Ceraolo. Tendo chegado à ilha em 2000, este antigo cineasta verificou que os burros existentes corriam um sério risco de extinção, uma vez que os seus proprietários eram sobretudo gente idosa e já pouco uso tinham nos trabalhos rurais. A partir dessa altura foi iniciado um trabalho de recuperação e investigação, com a colaboração do Centro de Biotecnologia da Universidade dos Açores, cujos estudos biométricos e genéticos liderados pelo professor Artur Machado culminaram com o reconhecimento como raça autóctone, em 2015.
Muito mansos e de andar pausado, os burros da Graciosa são ideais para acompanhar os viajantes nos seus percursos pelos trilhos desta e de outras ilhas do arquipélago, onde existem também alguns animais desta raça tão peculiar.
Exemplares destas duas raças autóctones podem ser visitados na Quinta Pedagógica dos Olivais, em Lisboa, onde Buxo, um Burro de Miranda, e Jagós, um Burro Anão da Graciosa, partilham o mesmo estábulo e a atenção de miúdos e graúdos.
Veja aqui as paisagens e os burros da Graciosa: https://www.youtube.com/watch?v=nW3fX6GqWYc