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O cheiro a terra molhada, os dias que minguam e o fumo da lareira relembram a aldeia de que é chegado o tempo do uso de um agasalho . Bebe-se chá, fazem-se as torradas enquanto a panela de ferro ferve ao lume, relembra-se a última jeropiga feita...

Tempo de incerteza; ora faz chuva, ora faz sol, mas a curiosidade por aquilo que acontece lá fora é mais forte e, com as botas calçadas, partimos à procura dos cogumelos, que nascem entre as folhas caídas das árvores. Recolhe-se a lenha e preparamo-nos para o frio.

É chegado o Outono!

O Burro de Miranda, agora lanudo, é albardado, os caminhos a percorrer intensificam-se de aromas e os trilhos enlameados enchem-se de pegadas sorridentes. As folhas que cobrem os soutos transmontanos escondem os ouriços que se espalham pelo chão. Colhem-se as castanhas e continuamos o passeio.

É tempo de convívio, à fogueira bebe-se um copo e assam-se as castanhas e, enquanto isso, pede-se música, que se quer bailar!

Participe, contamos consigo!